sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Lições sobre o 2º Seminário de Comunicação

Termino a semana com os ânimos extremamente renovados após o 2º Seminário de Comunicação, realizado com muito sucesso pelos cursos de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda da Faculdade Pitágoras. Como um bom observador (característica da profissão de jornalista) alguns pontos e assuntos que foram abordados e várias “frases soltas” proferidas durante os três dias de palestras e debates me chamaram sensivelmente a atenção. E acho extremamente saudável compartilhá-las com os leitores.

Enquanto uns choram, outros vendem lenço e ganham dinheiro. Esta foi a tônica dos debates que envolveram o Marketing Esportivo, após a brilhante palestra do professor Fred Albuquerque. Divinópolis vem trabalhando, desde o início do ano, junto a várias entidades como o Senac, ABCP e Sebrae, com foco direto na preparação do município para a Copa de 2014. Ações com foco em treinamento, capacitação, obras e, sobretudo, preparação para recepção de turistas (seja ele estrangeiro ou brasileiro). Divinópolis tem um déficit muito grande neste sentido. Entretanto, enxergo isso como uma grande oportunidade de dinamizar uma área completamente inexplorada, aproveitando nossa vocação para a confecção e, sobretudo, o privilégio de sermos a ligação entre BH (sede dos jogos) e o Balneário de Furnas e a região das Montanhas (Serra da Canastra). Idéias começam a se transformar em projetos...

Uma frase da palestrante Maria Luiz Rua Campos Tavares me chamou, de forma especial, a atenção para um cenário factual: a de que as redes sociais virtuais não são modismos, mas sim uma forma eficaz, rápida e interativa de comunicação na web. Especialmente quando abordada sobre como entrar e participar dessas redes, e ela respondeu: “Fórmula não existe, mas de fora é que não se pode ficar”. Realmente não podemos pensar em comunicação (seja ela interna ou externa) sem utilizar, de forma imediata, ferramentas como Twitter, Orkut, Facebook e outras redes que surgem a todo o momento. O Facebook atingiu 500 milhões de usuários, ou seja, duas vezes a população brasileira! É um público consumidor acessível, que está ávido por novidades, e que nenhuma empresa tinha ferramentas para atingi-lo. Agora, resta uma boa dose de criatividade para saber os melhores caminhos a serem traçados!

Aliás, é impressionante como todos os públicos aceitaram bem esta realidade. Estudos feitos pelo Google revelam a grande imersão do Twitter e do Facebook em gerações que jamais imaginaríamos que iriam utilizar (e dominar) essas ferramentas do século XXI: a terceira idade. E mais: com grande potencial de compra de produtos, uma vez que este público possui, geralmente, mais tempo para pesquisar, linkar, bloggar e decidir, com tempo, as melhores opções da web. Um nicho de mercado que ainda é um mistério para profissionais de comunicação e de vendas, uma vez que esses hábitos precisam ser mais pesquisados para se chegar a uma forma mais efetiva e menos agressiva de comunicação via redes sociais.

Pois bem, finalizo essa breve reflexão da mesma forma que o professor Elimar Melo, em sua palestra sobre Planejamento Estratégico e Comunicação, encerrou seu último slide apresentado: precisamos “aprender a aprender”. Com este constante ciclo de mudanças (que ocorrem com cada vez mais intensidade e rapidez), precisamos entender que o mercado não é uma entidade. Portanto, colocar a culpa de todos as nossas mazelas profissionais no mercado (ele é cruel, ele não seleciona os melhores, ele é muito competitivo...) nos coloca em uma zona de conforto sem igual. Na verdade, é preciso que nos coloquemos um passo a frente do mercado, antecipando cenários, nos imergindo nas tecnologias e fazendo delas apenas ferramentas para o melhor aproveitamento do nosso conhecimento. Aliás, este é o termo principal dos três dias de seminário: ferramentas e estratégias dependem, diretamente, do conhecimento das pessoas. Conhecimento este que é um somatório de boa formação acadêmica, especializações, hábito freqüente de leitura e, acima de tudo, experiências práticas de vida. Somente assim é possível transformar boas idéias em projetos e grandes projetos em ações que busquem resultados.

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