terça-feira, 13 de setembro de 2011

O PT e o controle da mídia


É interessante perceber como o PT, partido que comanda o Brasil há 10 anos, é revolucionário e inovador em diversos aspectos e, ao mesmo tempo, remete aos homens das cavernas em outros. Com uma postura social que enfrenta críticas em todo o mundo, mas que, de fato, mudou a cara e a realidade do País nos últimos anos, o PT apresentou, recentemente, no 4º Congresso Extraordinário do partido, uma proposta de “controle social da mídia”. Para aqueles que entendem um pouco como funciona um belo jogo de palavras, em termos mais populares, esta proposta pode ser resumida em apenas uma palavra: censura. A principal ferramenta de controle que perpetuou no Brasil durante os anos de chumbo da ditadura militar.
Mas parece que o bom senso tende a prevalecer em relação a esta proposta de retrocesso histórico e antidemocrática feita pelo PT. A presidente Dilma Rousseff, segundo suas palavras, quer distância de quaisquer propostas que tratem sobre a regulamentação da mídia. De acordo com informações veiculadas pelo jornal Estado de São Paulo, nos bastidores do Palácio do Planalto, a presidente, além de repudiar por princípio, teme que esta proposta mine o apoio conquistado na classe média. A verdade é que quaisquer medidas neste sentido representariam também uma perda de força do Governo com os grandes canais de mídia, o que poderia diminuir, consideravelmente, seus índices de aprovação popular.
Tanto é que o discurso contrário a esta proposta representou um apelo extremamente positivo à imagem da presidente, que hoje divide os holofotes da política nacional com diversas denúncias de corrupção dentro de seus ministérios, além de megaprojetos como o Minha Casa, Minha Vida e os preparativos para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Segundo assessores do Palácio do Planalto, a “posição de Dilma sobre os meios de comunicação é a mesma que ela sempre manifestou, seja durante a campanha, seja depois de eleita”. Ou seja, mesmo com uma proposta retrógrada apresentada pelo seu próprio partido, a equipe política da presidenta ainda consegue capitalizar uma boa imagem para a presidente. Resta saber se é apenas discurso político ou a sintetização de uma postura mais consistente.
Interessante perceber que o PT nunca teve uma posição definida sobre o tema. Durante o governo Lula, esta proposta sempre teve o apoio do partido e o controle da mídia sempre era pauta, com o presidente se esquivando de se posicionar. Lula defendia a liberdade de imprensa e ainda credenciava toda a sua história e trajetória política à liberdade que a imprensa conquistou no Brasil nos últimos 30 anos. Entretanto, em 2004, o então presidente propôs ao Congresso um projeto de criação do Conselho Federal de Jornalismo (CFJ), com poderes para controlar a mídia. Dizia a proposta que o Conselho teria poderes para "orientar, disciplinar e fiscalizar" o exercício da profissão e a atividade de jornalismo, e até mesmo para punir jornalistas.
A utilização dos meios de comunicação para a formação da opinião pública não é uma prática recente. Pelo contrário, desde a institucionalização da imprensa moderna no século XVII, os seus proprietários perceberam que esta poderia ter um importante papel social como formadora de opinião pública. Ao longo da segunda metade do século XX, houve um aumento do número de países que adotaram o regime de democracia formal. Este fato veio ratificar a importância do papel da mídia e da indústria de entretenimento como instrumentos de formação de opinião pública e de controle social. Ao contrário do que ocorre em regimes autoritários, onde a classe dominante exerce o controle social através da força, em regimes de democracia formal, este controle é exercido de forma sutil. Hoje, mais que nunca, a mídia possui um vigoroso impacto sobre o grande público. Resta saber se o PT e o Governo saberão utilizar este controle – que já existe – com a mesma sabedoria conduzida pelo ex-presidente Lula.

Observatório de Mídia nas escolas

A mídia é frequentemente apontada como o 4º poder, numa alusão à tripartição proposta por Montesquieu. Ignácio Ramonet, porém, opondo-se a essa idéia, sugere que observemos três poderes na sociedade contemporânea: o poder econômico, o poder político e o poder midiático. Fato é que toda transformação social que ocorre no mundo atual passa pelos meios de comunicação. Entretanto, a escola, na maioria dos casos, não proporciona ao aluno uma reflexão crítica adequada sobre a dimensão mediática do processo histórico. 

Foi com o objetivo de inserir os estudos e os debates que envolvem a Comunicação Social nas diversas camadas sociais, econômicas e culturais que vários profissionais e professores dos cursos de Jornalismo e de Publicidade & Propaganda da Faculdade Pitágoras de Divinópolis criaram, em maio de 2010, o Observatório de Mídia. Um núcleo de estudos e análises que tem como missão promover e desenvolver, numa perspectiva multidisciplinar, os estudos sobre as mídias em geral, favorecendo a interação do Jornalismo, da Publicidade e da Propaganda com o mercado de trabalho e com as relações sociais como um todo. O núcleo completa 15 meses de trabalho com excelentes resultados e um novo e ambicioso projeto sendo alinhado.

O Observatório de Mídia nasceu pela carência de estudos e trabalhos desenvolvidos na região Centro-oeste sobre o assunto. A origem da formação deste grupo de trabalho se deve à necessidade de se fomentar o intenso debate e disseminação de produções intelectuais, em várias esferas sociais, em relação ao caráter cultural e simbólico da mídia e, obviamente, de suas principais ferramentas (jornais, rádio, televisão, peças publicitárias, cinema, teatro, literatura, edição, criação e Internet) e sua influência no cotidiano da sociedade moderna.

A dedicação e o envolvimento dos professores já se reverteram em excelentes resultados em quase um ano de trabalho. Parceria acadêmica firmada com uma das maiores emissoras de rádio da cidade (rádio Divinópolis AM) deu origem ao Observatório de Mídia no rádio, um programa semanal de 30 minutos, exibido todas as quartas-feiras, às 8h15 da manhã. Além disso, parcerias firmadas com vários jornais da região já renderam mais de 150 artigos técnicos publicados pelos professores de Jornalismo e Publicidade, gerando conteúdo e democratizando as discussões sobre os papéis desenvolvidos pela Comunicação Social em toda a região. A parceria mais bem sucedida do núcleo é com o jornal Gazeta do Oeste, com mais de 70 artigos publicados todas as terças-feiras. 

Os resultados desta importante iniciativa acadêmica podem ser acompanhados de várias formas. Todos os artigos produzidos pelos professores estão disponíveis na web, no Blog do Observatório de Mídia (www.observatoriodemidia.blogspot.com), que é atualizado diariamente e já conta com um bom número de seguidores. Além disso, a inserção em comunidades sociais virtuais é uma das premissas do núcleo, extremamente engajado neste processo de convergência de mídias. O perfil do Observatório de Mídia no Twitter pode ser acessado e seguido através do www.twitter.com/obsmidia. Agora, a intenção é disseminar essas discussões nas escolas do Ensino Médio. 

O projeto pretende levar às escolas de Divinópolis e região palestras e debates sobre a influência da mídia em eventos relevantes no Brasil e no mundo. Observando-se os tópicos que fazem parte do programa da disciplina de História no Ensino Médio e Fundamental, serão preparados estudos sobre o modo como o jornalismo e a propaganda aparecem em cada acontecimento de maior destaque na história da civilização. O objetivo do projeto é esclarecer e fomentar o debate sobre a influência da mídia em nossa sociedade, a partir da evidência do poder de mobilização e transformação que têm o Jornalismo e a Propaganda, especialmente agora com a Internet e a convergência de mídias. Por outro lado, a ideia e levar aos alunos um debate que terá sua atenção por tratar de temas que serão cobrados em provas e no vestibular, além de serem assuntos instigantes e que, por si, já despertam o interesse dos estudantes. Uma forma interessante de promoção da inclusão e do conhecimento através de debates envolvendo conteúdos essenciais para sua formação como profissionais e cidadãos.

Uma breve análise sobre o saber

Baseado no texto: FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. São Paulo: Martins Fontes, 2007. p.475 – 517.
Analisar cada uma das obras de Michel Foucault é uma forma de entender a enorme variedade de pesquisas sobre o referido escritor. Aliás, a grande dificuldade em se definir a real linha de pensamentos de Foucault por grandes e consagrados estudiosas evidencia a complexidade de suas análises ao longo das décadas. Neste texto especificamente, Foucault procura traçar um perfil e elaborar uma análise histórica das Ciências Humanas no plano geral dos saberes. Uma tarefa tão complexa como a própria definição exata da linha de pensamento defendida pelo autor.

Foucault faz uma retomada histórica para buscar a explicação das relações humanas. Na época clássica, o campo do saber era homogêneo, ou seja, o conhecimento procedia às ordenações pelo estabelecimento das diferenças. A busca pelo saber partia da matemática e outras ciências exatas, ou seja, a objetividade era o ponto central (núcleo) na busca pelo conhecimento. Somente a partir do século XIX, com o surgimento de novas formas de pensar, o campo epistemológico se direciona para outros caminhos. O ideal da “matematização” começa a perder espaço para novas formas subjetivas de se analisar o conhecimento.

Foucault é um gênio no estudo do saber. Alguns autores se “aventuram” em classificar suas obras sob o ponto de vista cronológico: na década de 60, textos arqueológicos que tem por tema o saber, nos anos 70 textos genealógicos, e por fim nos anos derradeiros de sua vida textos arqueogenealógicos. Michel Foucault, ao analisar a gênese e a filosofia das ciências, mostra como é recente o aparecimento do “homem” na história do nosso saber. O autor busca estudar a mudança interior de nossa cultura do século XVIII ao século XIX, através da gramática geral, que se tornou filologia; da análise das riquezas, que se tornou economia política, e da história natural, que se tornou biologia.

É fantástica e instigante a análise de Foucault em relação ao discurso ocidental (o autor de atém ao período entre o Renascimento até o início do século XIX). O autor enfatiza este período específico como o “tempo de efetivação da modernidade”, ou seja, o momento em que as Ciências Humanas se tornam uma importante referência no plano geral dos saberes. É neste momento que a subjetividade conquista um importante espaço nas cadeiras de pesquisas e no ciclo de conhecimento das pessoas, concebendo novas maneiras de se enxergar as diferentes realidades. A relação que o autor faz entre saber e poder instiga a uma reflexão mais profunda sobre o assunto, principalmente quando ele afirma que “com o saber e por trás de todo o saber, de todo conhecimento o que está em jogo é uma luta de poder”. As três áreas do saber reiteradas pelo autor (vida, trabalho e linguagem) seria a origem de novas formas de se pensar, colocando o homem como o centro das atenções e das linhas de estudo. Surge aí um paradoxo – que, diga-se de passagem, vivemos até os dias atuais - entre as chamadas ciências exatas e ciências humanas. 

Foucault faz uma análise conjunta do surgimento dos domínios empíricos com a problemática do homem. Partindo do estudo do trabalho, da linguagem e das ciências da vida, o homem vira, de fato, objeto do saber. É importante perceber a visão histórica do autor, quando ele afirma que “tudo nas Ciências Humanas é matematizável é suscetível de formalização”. Nesta passagem, fica evidente a visão moderna de Foucault, que procura desvincular a existência das ciências humanas modernas das ciências exatas tradicionais, afirmando que “é pouco provável que a relação com as matemáticas seja constitutiva das Ciências Humanas”. Fica claro, após esta breve análise, o motivo de tantos pesquisadores não conseguirem uma unanimidade em relação aos estudos envolvendo o saber.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Minha relação com a docência (Parte 2)

Em outro post, iniciei aqui uma abordagem bem didática sobre minha relação com a docência. Relação essa que começou, mesmo que de forma inconsciente, na pré-adolescência e se estendeu por todo o meu período de formação pessoal e profissional! Muitos professores que possuem essa relação íntima com a docência sabem que a sala de aula é, com toda a certeza, o espaço mais nobre de aprendizagem e de formação humana, tanto para alunos quanto para o próprio docente.

Minha carreira docente, de fato, começou logo que tomei a iniciativa de sair do Banco do Brasil. Recebi um convite da Faculdade Pitágoras para fazer uma pesquisa e redigir uma publicação comemorativa dos seus 40 aos de história. Um trabalho intenso e instigante, que resultou em uma grande publicação (uma revista ilustrada) resgatando toda a história da instituição. Este trabalho abriu uma grande porta e rendeu um convite: o de lecionar para o curso de Jornalismo (minha grade paixão profissional).

De imediato, assumi uma disciplina do 2º período. Entrei em sala de aula sem saber o que falar. Afinal de contas, sempre tive este anseio mas nunca havia buscado uma preparação técnica para tal. Sabia, desde sempre, que conteúdo não seria problema, pois estava no mercado e sempre fui um estudioso da Comunicação. Entretanto, ensinar depende de inúmeros fatores além do conhecimento. Cheguei a ouvi vários conselhos: “mantenha o controle da turma”, “seja rigoroso”, “não seja um professor amigo, mas seja o bom professor”. Inclusive, cheguei a ouvir que “sala de aula é 80% empatia e 20% conhecimento”. Foram inúmeras as tentativas de se transportar experiências no intuito de me tranquilizar e buscar apoio emocional para este importante momento.  

O primeiro semestre como docente poderia qualificá-lo com dois adjetivos: gratificante e empolgante. Gratificante porque representou um enriquecimento pessoal e profissional indescritível neste simples memorial. Existem pessoas que dizem que “levam tudo de nós, menos as experiências e o conhecimento”. Pude perceber isso neste momento, quando me lembro e analiso meu primeiro semestre como professor. Entrei com 26 anos e, às vezes, me misturava aos alunos. No primeiro dia de aula, recebi boa noite da turma, entrei em sala e eles me perguntaram de onde eu vinha. Fiquei sem entender a pergunta, e o aluno reiterou: “Você veio transferido de que faculdade?”, entendo o mesmo que eu era um aluno. Fantástico!

Aquilo representou uma ruptura em tudo o que eu havia preparado para o primeiro dia de aula, pois eu jamais imaginava ouvir aquilo. Todo meu roteiro se desmoronou. Empolgante porque cada dia se tornava diferente do anterior, o que contradizia minha realidade de trabalho até então. Os problemas nunca eram os mesmos, os conflitos eram sempre diferentes e as relações completamente discrepantes. Aquilo representou uma divisão entre dois momentos antagônicos na minha vida: a insatisfação e um início de depressão versus a realidade emocionante e contagiante como professor.

Aprendi, lecionando em sala de aula, que o educador precisa rever continuadamente seus conteúdos, as metodologias e, principalmente, suas relações. Por isso, mesmo após completar dois cursos de pós-graduação, ingressei no Mestrado. Nunca tive dúvidas de que meu caminho acadêmico seria este.. Como afirma Paulo Freire, “a alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria”. Esta convivência e aprendizado constante me move, cada dia mais, a viver esta dupla experiência de educando/educador. Terei a honra de terminar este breve  memorial da mesma forma como comecei, citando o mestre Paulo Freire. “Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho”. Que dias melhorem nos recebam em breve...

Criatividade e a criação de novos produtos


Criar novos produtos ou serviços para ofertar no mercado é parte crucial das ações e decisões tomadas pelas organizações no mercado. Neste sentido, o planejamento deve estar muito bem alinhado para todas as áreas e o conjunto de processos e operações dentro da organização possam funcionar perfeitamente. Novos produtos são importantes para sustentar o crescimento e o lucro para substituir itens obsoletos.

Estudar o mercado é uma constante para atingir o sucesso, da mesma maneira com que se procuram oportunidades, também são solicitadas soluções práticas e simples, que tragam mais valor para um processo, produto ou serviço.Diariamente as organizações correm atrás de grandes idéias que possam alavancar ou até salvar seus negócios. Entretanto, estas “idéias milagrosas” são fruto de muito trabalho, especialmente de pesquisas e estudos direcionados a encontrar melhorias a serem aplicadas.


Sem um planejamento elaborado para atender a todas as áreas da organização, a chance de correr atrás da concorrência é grande. Inúmeras oportunidades deixaram de ser vistas porque as informações não circulam dentro da organização ou sequer pesquisas são realizadas. O que pode auxiliar uma organização a encontrar uma oportunidade está no simples fato da empresa planejar e perguntar a si própria o que ela realmente conhece, como: Qual é o negócio da organização? Quem é o público-alvo? Qual é o ciclo de vida do mercado? O produto é desejado pelos consumidores? Qual é o diferencial que a organização pode ofertar?

Responder a essas perguntas pode ser um bom começo para o desenvolvimento de novos produtos no mercado. Uma estratégia de novo produto vincula o processo de desenvolvimento do produto novo aos objetivos de marketing, da unidade de negócios e da empresa. Uma estratégia de novo produto deve ser compatível com esses objetivos e, por sua vez, todos os três objetivos devem ser consistentes entre si. A estratégia de novo produto faz parte da estratégia global de marketing. Ela estreita o foco e fornece diretrizes gerais para geração, triagem e avaliação de novas idéias de produtos. Ela especifica os papéis que os novos produtos devem exercer no plano global da organização e descreve características dos produtos que a organização deseja oferecer e o mercado que ela deseja atender.

Idéias de novos produtos surgem de muitas fontes, como clientes, funcionários, distribuidores, concorrentes, pesquisa e desenvolvimento e consultores. O conceito de marketing sugere que os desejos e necessidades dos clientes devem ser o trampolim para o desenvolvimento de novos produtos. Entretanto, funcionários da publicidade e pesquisa (bem como os vendedores) frequentemente criam novas idéias de produtos, justamente porque analisa e está envolvido com o mercado. Distribuidores devem ser ouvidos quanto as necessidades que, por ventura, não estão sendo atendidas, funcionando como importante canal de sugestões para novos produtos. Porém, nenhuma empresa confia somente em idéias geradas internamente.

Criatividade é o manancial de idéias de novos produtos, não importando quem as conceba. Foram desenvolvidas diversas abordagens e técnicas para estimular o pensamento criativo. As duas consideradas mais úteis para gerar novas idéias de produtos são exercícios de brainstorming e grupos de foco. O primeiro filtro no processo de desenvolvimento de novos produtos é a triagem, que elimina idéias inconsistentes com a estratégia global da organização ou que não sejam adequadas por alguma outra razão. Em seguida, o teste de conceito avalia a idéia antes da criação de qualquer protótipo. Adiante, a análise de negócios analisa os números preliminares para demanda, custo, vendas e lucratividade. O estágio seguinte é o desenvolvimento, quando o protótipo é desenvolvido e uma estratégia de marketing traçada. O teste de mercado determina, através de um lançamento limitado, as reações de clientes em potencial em uma situação de mercado. Em seguida o teste de mercado simulado avalia, através da promoção, os efeitos desse produto no mercado antes do estágio final do processo: a comercialização (a decisão de levar um produto ao mercado). 

Minha relação com a docência (Parte 1)

 

Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso, eu amo as gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo, que eu brigo para que a justiça social se implante antes da caridade”. É com esta colocação perfeita de Paulo Freire, com a qual compactuo integralmente, que farei uma breve menção à docência no Ensino Superior. Interessante perceber que o “ser professor” começou antes de me tornar um apaixonado pela escrita. Aos 11 anos de idade, no ápice da avidez pela prática do futebol, aflorou uma grande rivalidade minha com um amigo e vizinho. Ambos da mesma idade... O leitor pode perguntar: o que isto tem a ver com a docência? Pois bem, aos 11 anos de idade tomei a iniciativa de montar um time de futebol dos moleques mais novos (em torno de 6 anos), “ensinar” a eles algumas coisas que eu achava que sabia e treiná-los para, em breve, enfrentar o time formado pelo meu vizinho. Lembro-me que montei táticas em pranchetas, montei plano de treinamento e até esboçamos um plano para espionar o treino do time adversário! 
 
 
Ali começava um verdadeiro amor pela prática de ensinar. Desde cedo, percebi que, como afirma Paulo Freire, “a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. Logo na 5ª série, fui o primeiro monitor da turma em redação e literatura. Segui como monitor até o final da 6ª série, quando tive que mudar, pela terceira vez, de escola. Já havia entrado no mundo da escola particular, onde as regras sociais são completamente diferentes da escola pública. De imediato, tornei-me o monitor preferido do professor de redação. E assim fui até o 3º ano do segundo grau, quando decidi fazer o curso de Comunicação Social.  

Aprendi, na primeira palestra de uma psicóloga no curso de Jornalismo, que os mestres que entrariam em sala de aula iriam, ao mesmo tempo, aprender muito com os alunos. Aquela passagem me marcou muito, pois percebi que aquelas referências acadêmicas não eram pessoas perfeitas, não eram profissionais “intocáveis”. E que o aprendizado era uma prática constante de todos os profissionais que se encantam pela magia da educação. Busquei, desde o primeiro dia de aula no Ensino Superior, apreender o melhor de cada professor, tanto em conhecimento quanto em didática. Percebi que muitos eram excelentes, outros apenas bons, muitos regulares e outros ruins/péssimos. Mas percebi também que aquela avaliação era subjetiva, e que os critérios para esta avaliação é que precisavam ser melhores definidos.
 
 
Entender as palavras do próprio Paulo Freire me fez entender esse dilema, quando ele afirma que “educar e educar-se, na prática da liberdade, é tarefa daqueles que pouco sabem - por isto sabem que sabem algo e podem assim chegar a saber mais - em diálogo com aqueles que, quase sempre, pensam que nada sabem, para que estes, transformando seu pensar que nada sabem em saber que pouco sabem, possam igualmente saber mais".
 
 
No último ano de faculdade, após ter a certeza do futuro que eu queria construir, me debati com uma realidade nem um pouco convidável: a de que o mundo era muito maior do que os sonhos profissionais e de ideologia que eu alimentava. Percebi que precisava entrar no mercado e “devolver” o suado e sacrificado investimento feito pelos pais, sobretudo por ter estudado em uma Instituição de Ensino particular. Assim, prestei concurso para o Banco do Brasil e, de imediato, fui aprovado e chamado para assumir o emprego em uma pequena agência do interior. Mesmo assim, não abandonei um dos ideais de vida defendidos por Paulo Freire. “Ai daqueles que pararem com sua capacidade de sonhar, de invejar sua coragem de anunciar e denunciar. Ai daqueles que, em lugar de visitar de vez em quando o amanha pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e o agora, se atrelarem a um passado de exploração e de rotina”. 
 
 
Entretanto, este período foi muito rico para minha preparação como docente. Em função do grande tempo ocioso e da falta de atividades que a cidade me proporcionava, realizei vários cursos oferecidos pela Universidade Banco do Brasil. A maioria deles online, o que proporcionou o contato com uma tecnologia até então desconhecida. Lembro-me que, de imediato, fiz o curso “Aprendendo a Ensinar”, que visava a preparação de professores para os cursos oferecidos pelo Banco do Brasil. Não sabia nada de banco, nem de produtos, muito menos de relações bancárias, mas sabia onde queria chegar no Banco: na Universidade Corporativa. Era o primeiro passo para a histórica que detalharei no próximo post...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Perfil Institucional e o desafio da comunicação dirigida

A região Centro-oeste vive um ciclo de expansão em vários setores e, com as novas mídias, muitos empresários encontram um dilema comunicacional: qual a melhor forma de me comunicar com os meus mais diversos públicos? Qual a melhor forma de consolidar a história e as conquistas de uma empresa, agregando valor à marca e buscando novos mercados? Neste sentido, as publicações empresariais facilitam e muito, a comunicação entre a empresa e o seus públicos. Elas exigem conhecimento em segmentação de público e comunicação dirigida. Quando produzido de forma profissional, estas publicações tornam-se um canal de comunicação extremamente eficaz, que aproxima a empresa de seus públicos-alvo. Serve como instrumento de integração e como multiplicador de contatos entre colaboradores e dirigentes. É uma ferramenta criada para solucionar problemas de comunicação nas empresas.

Jornais, revistas, newsletters e boletins enviados com regularidade a clientes, fornecedores, órgãos governamentais e grupos formadores de opinião podem contribuir para a projeção da imagem da empresa de forma eficaz. Tendências de mercado, novas tecnologias, parcerias, notícias sobre determinado setor e fornecedores, descrições detalhadas de produtos e serviços, entre outros assuntos, são temas que estabelecem um forte vínculo entre a empresa e o seu público-alvo. Por meio dessas publicações, os leitores tomam conhecimento de soluções inovadoras e são informados sobre o relacionamento com empresas/parceiros de destaque. São mensagens que ajudam a construir a credibilidade da empresa e a de suas marcas. Ao mesmo tempo em que informam os diversos segmentos de leitores – funcionários, colaboradores, parceiros, fornecedores, consumidores, autoridades e formadores de opinião -, as publicações servem de material de apoio a vendedores e representantes.


Outra opção interessante é o perfil empresarial. Uma apresentação bem elaborada que deve ser capaz de descrever os produtos e serviços que uma empresa desenvolve. Ao fornecer informações sobre a história da corporação, a experiência dos sócios e parceiros, os clientes atendidos e os cases de sucesso, a empresa revela transparência, solidez e credibilidade junto ao mercado. O perfil empresarial deve traduzir em linguagem clara e atraente todas as qualidades da corporação.


Um presente que pode marcar o nome e a história de uma empresa junto a clientes, parceiros e formadores de opinião, sobretudo em datas marcantes, fortalece muito a imagem e a marca de uma organização. São publicações diferenciadas sobre os mais variados temas: histórias de empresas que acompanharam o seu desenvolvimento, iniciativas de administração arrojadas, apoio a projetos de caráter social ou intelectual, entre outros. O material, editado cuidadosamente, pode contribuir de maneira definitiva para a projeção da imagem institucional ou da marca.


Tão importante quanto desenvolver um site criativo e funcional é abastecer o espaço com informações de interesse. O texto e sua constante atualização são a garantia de que o visitante voltará a consultar a página. A internet tem uma linguagem própria e um auxílio profissional de conteúdo na web pode auxiliar uma empresa a identificar assuntos de interesse, desenvolver pesquisas e editar as informações.


É visando suprir esta carência de mercado que, juntamente com o jornalista e também professor Ricardo Nogueira, parceiro de diversos trabalhos na Comunicação, implementamos, recentemente, a Perfil Institucional. O conceito de trabalho surgiu em 2004, com o crescimento vertiginoso da região Centro-oeste do Estado e a necessidade latente de se registrar historicamente as conquistas e datas históricas de grandes empresas. Neste sentido, algumas soluções de curto prazo foram implementadas, com a confecção de conteúdos empresariais, informativos e perfis empresariais para diversas empresas. A maior abrangência e a necessidade das organizações em registrar sua história, conquistas e valorizar seus clientes internos e externos culminou com um amplo trabalho realizado, em 2006, para as Faculdades Integradas do Oeste de Minas. A revista “Fadom 40 Anos” tornou-se um marco histórico para a referida instituição. O mais recente e com maior visibilidade é o book “Divinópolis 100 Anos”, uma requintada peça de 32 páginas e um DVD multimídia, contendo um amplo conteúdo histórico e estatístico de Divinópolis, oriundo de uma grande pesquisa, sendo considerada, pela Prefeitura de Divinópolis, a principal peça de prospecção de novos investimentos pelo município no seu Centenário. Este é o grande desafio mais latente da Perfil Institucional: oferecer soluções em comunicação dirigida, com foco em conteúdo institucional, para médias e grandes empresas da região Centro-oeste!