domingo, 20 de junho de 2010

O povo aprova o patriotismo dos narradores brasileiros?

Vitória convincente! Inquestionáveis os méritos da Seleção Brasileira que, contando com o talento de Kaká e Luis Fabiano, colocou a fraca seleção da Costa do Marfim em seu devido lugar. O Brasil começa a dar sinais de que pode brigar pelo título mundial, que continuo achando mais perto dos argentinos ou, com um pouco mais de surpresa, dos holandeses. Mas fico cada vez mais estarrecidos como os jornalistas de TV brasileiros (narradores, comentaristas e repórteres) demonstram seu patriotismo em plena transmissão. E fico me perguntando ainda se o público aprova este tipo de conduta. 

Neste domingo, tivemos situações clássicas que extrapolam o limite do bom senso. Os jornalistas esquecem que já saíram do rádio há muito tempo e os telespectadores, além de estarem ouvindo a infinidade de asneiras que eles falam, estão vendo as imagens na tela. Nas épocas áureas do rádio era muito fácil enganar o ouvinte: errava-se o nome do jogador, esperava-se o lance acabar para depois narrar e por aí vai. Mas voltando ao assunto, me deixou extremamente incomodado a insistência do locutor Galvão Bueno, em sua enésima Copa do Mundo, de tentar convencer os colegas comentaristas e o público de que Luis Fabiano teria dominado a bola no peito, e não com as mãos. Chega a ser falta de respeito com o telespectador, que está vendo o lance a todo o momento! Insistiu tanto que, após ver e rever nos inúmeros replays (parece que ele se esquece da tecnologia também), preferiu amenizar, sem deixar sua parcialidade de lado: "O gol foi tão bonito que este detalhe passa despercebido".  Detalhe?

Porque um gol irregular (duas vezes, diga-se de passagem) do Luis Fabiano, contra a Costa do Marfim, em um simples jogo de fase de grupos, pode "passar despercebido" , mas um gol do craque Diego Maradona, em jogo classificatório e contra a poderosa Inglaterra, em 1986, é até hoje execrado pelos jornalistas brasileiros? Ah, deve ser porque ele é argentino... E, se não me engano, argentinos e brasileiros não "se bicam" quando o assunto é futebol. Isso  é objetividade e isenção nas coberturas jornalísticas? Será que o torcedor brasileiro aprova este tipo de cobertura extremamente parcial e patriótica, que chega ao ponto de ser patética? De repente, pode surgir uma nova forma de abordagem  mais série e profissional a ser repensada pelos jornalistas brasileiros quando o assunto é seleção e Copa do Mundo.        

Um comentário:

  1. é por isso q o povo grita por ai CALA A BOCA GALVÃO ... ele é o rei disso e se não me engano essa mega campanha no twitter não foi por acaso, ou por conta de uma mentirinha contada (galvao's birds) afinal. no dia seguinte a noticia no mundo era sobre a mentira criada e não sobre a campanha pra salvar o pássara galvão ... e o brasil continua a gritar CALA A BOCA GALVAO .. é só ficar de olho no TT .. ta sempre lá .. principalmente qdo ele transmite algum jogo ...

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