segunda-feira, 21 de junho de 2010

Que saudade do Parreira!

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Todos devem estar pensando: não é possível que ele gosta do Parreira, aquele retranqueiro! Esquemas táticos a parte, apesar de, mesmo jogando na defesa, Parreira foi campeão do mundo, o título deste post se refere mais à postura ética e elegante do antigo técnico da Seleção Brasileira quando se comparada com a do atual, o limitado ex-jogador e completamente desestruturado treinador Dunga. Impressionante como a figura de um treinador arrogante, soberbo e pretenciosamente onisciente ofusca a bela imagem que temos de uma seleção que encanta o mundo há quase um século. Neste domingo, Dunga se superou no trato com os jornalistas, após vitória convincente contra a Costa do Marfim. Uma lástima após uma exuberante vitória! 

Logo na primeira pergunta, Dunga respondeu "metralhando" o trabalho de toda a imprensa brasileira em relação à cobertura da Seleção na Copa da África. Será que ele não foi instruído pela CBF ou pela sua Assessoria de Comunicação como deve ser o trato com a imprensa? Aliás, será que ele sabe qual é o trabalho da imprensa e sua importância para a Seleção Brasileira? Parece-nos claramente que não sabe, bem típico da ignorância de quem mal possuía noção de tempo e de espaço jogando futebol. E que não tem a mínima noção de educação, fineza e respeito, características marcantes de Carlos Alberto Parreira no trato com a imprensa. Aquilo sim era postura de um treinador de Seleção Brasileira. Talvez seja este um dos segredos para se chegar ao auge e conquistar a taça! 

Dunga ironizou o repórter Alex Escobar, da Rede Globo, que conversava ao celular. Deferiu-lhe palavras de sarcasmo, palavrões impublicáveis e uma série de xingamentos captados pelo microfone da sala oficial de imprensa, para todo o mundo ouvir. Patético! O repórter, que apenas balançou a cabeça quando a metralhadora começou a disparar, ficou sem entender o que acontecia e, questionado pelo treinador se tinha algum problema, respondeu, tranquilamente, que não! Aí continua com o show de palavrões... Como o apresentador Tadeu Shmidth definiu brilhantemente em sua fala no Fantástico, "postura incompatível com o cargo de técnico da Seleção Brasileira". Ainda bem que está com os dias contados no cargo, independentemente do título...

E olha que o Brasil venceu bem e se classificou para a próxima fase. Se não fosse o compromisso técnico de levar a informação aos lares dos brasileiros, sugeriria à toda imprensa televisiva um boicote à arrogância e estupidez do referido treinador. Que transmitisse apenas as entrevistas coletivas dos jogadores que sempre atendem bem à imprensa, como Robinho, Kaká e Elano. Até o assistente Jorginho é mais preparado e educado! Afinal de contas, nenhum jornalista - e nenhum brasileiro, já que foi transmitido ao vivo - é obrigado a aturar e aceitar chiliques e tremeliques de um treinador iniciante que, por uma jogada política da CBF, viu "cair em seu colo" o cargo de técnico da seleção brasileira. Que saudade do Parreira...

Um comentário:

  1. Léo Costa - Gazeta do Oeste21 de junho de 2010 às 11:35

    Como disse o humorista Marcius Melhem ao apresentador Tiago Leifert no último sábado, Dunga é bipolar: um dia está mal humorado, no outro está insuportável.

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