Um grande desafio para os publicitários responsáveis pelas campanhas de alimentos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, nesta terça-feira, no Diário Oficial da União, uma resolução que modificam as regras para propaganda de alimentos com alto teor de açúcar, gordura saturada, gordura trans e sódio. Além disso, coloca novas regulamentações para propagandas de bebidas com baixo teor nutricional, como os refrigerantes. Para estes, a nova regra obriga a peça a veicular mensagens alertando para os riscos à saúde em caso de consumo excessivo. Pelo texto original da resolução, as empresas terão 6 meses para se adequar às novas regras.
Conforme publicado no Portal G1, segundo a Anvisa, o regulamento técnico publicado tem como objetivo "coibir práticas excessivas que levem o público, em especial o público infantil a padrões de consumo incompatíveis com a saúde e que violem seu direito à alimentação adequada". As mensagens publicitárias devem ser acompanhadas de alertas sobre os perigos do consumo excessivo desses nutrientes.
Abaixo alguns exemplos de mensagens que deverão acompanhar as peças publicitárias impressas e audio-visuais:
"O (marca) contém muito açúcar e, se consumido em grande quantidade, aumenta o risco de obesidade e de cárie dentária".
"O (marca) contém muita gordura saturada e, se consumida em grande quantidade, aumenta o risco de diabetes e de doença do coração".
"O (marca) contém muita gordura trans e, se consumida em grande quantidade, aumenta o risco de doenças do coração".
"O (marca) contém muito sódio e, se consumido em grande quantidade, aumenta o risco de pressão alta e de doenças do coração".
A medida vale também para bebidas como refrigerantes, refrescos artificiais, concentrados para o preparo de bebidas à base de xarope de guaraná ou groselha e chás prontos para o consumo. Também se incluem bebidas adicionadas de cafeína, taurina, glucoronolactona ou qualquer substância que atue como estimulante no sistema nervoso central. A medida deve ser aplicadas nas peças publicitárias dos alimentos, não aos rótulos.
Portanto, um grande desafio para os publicitários que tem em sua carteira de clientes empresas que vendem alimentos que, de certa forma, são pouco saudáveis. Como vender algo que, logo em seguida, será condenado explicitamente na própria propaganda? Um excelente exercício de criatividade...
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