quarta-feira, 23 de junho de 2010

Que saudade do Parreira! (2)

Estou apenas utilizando o mesmo título do texto postado no início desta semana, justamente, para reafirmar minha saudade em relação à presença do técnico Carlos Alberto Parreira à frente da Seleção Brasileira. Dirigir a seleção mais importante do mundo é muito mais do que montar um esquema tático e ficar berrando a beira do gramado. Aliás, com as vuvuzelas em ação, a presença do treinador gritando para os jogadores se torna ainda mais obsoleta e ultrapassada.

Ao contrário do mal humorado e desestruturado Dunga, que se especializou em xingar profissionais e utilizar palavras de pouca expressão em suas entrevistas coletivas, uma cena bizarra chamou a atenção de todo o mundo nesta terça-feira, após o jogo África do Sul 2 x 1 França. Depois do apito final do árbitro, o técnico brasileiro Carlos Alberto Parreira, que comanda os Bafana Bafana, se dirigiu gentilmente ao treinador francês Raymond Domenech para cumprimentá-lo, seguindo a conduta desportiva do fair play estimulada pela Fifa. Mas o adversário colocou em prática sua "dunguisse" e, contrariando a fama mundial de elegância dos franceses, se negou a apertar a sua mão de Parreira. Mais do que isso, virou as costas, apesar da insistência de Parreira, que chegou a agarrar o seu paletó, insistindo no cumprimento tradicional. 
Mais uma cena patética na Copa do Mundo, que já teve o técnico da Eslováquia saindo no meio da entrevista coletiva, após derrota para o Paraguai, e o show proporcionado pelo brasileiro Dunga, após a vitória contra a Costa do Marfim. É por isso que admiro cada vez mais a serenidade e elegância de Carlos Alberto Parreira, bem como a inteligência e o espírito de equipe demonstrado pelo argentino Maradona.

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