sábado, 26 de junho de 2010

Liderança e gestão da comunicação

Uma coisa podemos considerar como senso comum: vivemos na era da tecnologia da comunicação e da globalização, que derruba barreiras geográficas e reduz a importância do tempo e do espaço em todas as relações. Estamos imersos em milhões de informações geradas em disponibilizada a todos, em tempo real, com imagem, som e texto. Mas, neste cenário, surge uma pergunta que nos deixa inquietos: ter acesso às informações significa, necessariamente, a habilidade e a sabedoria de utilizá-las como ferramenta para a tomada das melhores decisões? Como comunicar essa imensidão de informações no tempo certo e no momento oportuno? Muitos bons profissionais se perdem neste cenário que se apresenta como um “mar de oportunidades”, mas que também torna-se um grande enigma, sobretudo em relação às melhores práticas para sua gestão.

Muitos empresários, quando se depara com esta realidade nas organizações, faz questionamentos pontuais: porque as informações não percorrem os departamentos se temos todas as informações dos produtos, serviços e necessidades dos clientes? Porque não estamos prestando um bom serviço, atendendo as necessidades de nossos clientes? Investimos milhões em tecnologia da comunicação, mas porque as informações não chegam aos nossos públicos? É preciso compreender que investimento em tecnologia é importante, mas são apenas ferramentas conduzidas e comandadas por pessoas. E a razão de todos os problemas apontados acima pode estar, justamente, no fluxo da comunicação dentro da organização. 

Em algumas situações, a “preocupação” com a comunicação aparece apenas em momentos de crise. Um desastre nas vendas, por exemplo e, consequentemente, a queda no faturamento costuma levar os empresários àquela conhecida política de caça às bruxas: “o problema está na comunicação”! Até por ser mais cômodo atribuir a uma ferramenta, e não a pessoas, o insucesso de projetos. Mas, de fato, algumas falhas de comunicação são muito comuns nas empresas. Talvez, a mais recorrente seja a “tecnização”. É normal depararmos com situações que levam ao conformismo na comunicação em diversas relações pessoais. Por isso, é fundamental, no primeiro contato com o cliente ou fornecedor, perceber o nível de conhecimento do assunto que será abordado para que o cliente entenda o que está sendo transmitido e não fique numa situação desconfortável. Isso vale também para as relações internas. Demonstrar conhecimento técnico é ter a arte de transformar informações técnicas em códigos compreensíveis pelo receptor. Caso contrário, o que tinha tudo para se transformar em informação acaba gerando ainda mais dúvidas.

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